domingo, 25 de novembro de 2012

Oficina Festeiros de Chico Rei

Oficina Festival de Inverno de Ouro Preto
Festeiros de Chico Rei


Festeiros de Chico Rei é uma base rítmica concebida ao longo de anos através de estudos feitos pelo percussionista Djalma Corrêa – Brasil e mundo afora. Esta levada aparece como um guarda-chuva rítmico onde todos os ritmos se encaixam e se acomodam dentro de uma base que é flexível, variável, dinâmica e acomodante (Congado, Maracatu, Capoeira, Samba, Funk, Hip Hop, etc.). Tendo como objetivo refletir sobre o fazer rítmico e as muitas possibilidade de diálogos polirítmicos na linguagem percussiva, a oficina pretende ser o ponta-pé inicial de um movimento musical e social futuro na cidade, congregando os muitos grupos que hoje se utilizam da linguagem percussiva na sua práxis cotidiana. Sem deixar de lado a memória de antigos grupos da cidade, como, por exemplo, Charanga Brito e Filho, Festeiros de Chico Rei pretende ser um marco na busca da reunião de possibilidades múltiplas do universo percussivo em ação simultânea.
A oficina consiste em dois módulos:
Módulo I (9 a 13 julho) – Chamado de Multiplicador, este módulo contará somente com a participação de convidados (lideranças de movimentos musicais pré-determinados na cidade), onde o intuito é gerar multiplicadores que atuarão durante todo o Festival sob a coordenação do percussionista Djalma Corrêa.
Módulo II (16 a 28 de julho) – Chamado de Práxis, este módulo tratará da oficina especificamente e contará com a participação de todos os alunos no que se refere à pesquisa de material sonoro (idas aos ferros-velhos, lixões, utilização de material reciclável, etc.), confecção de instrumentos de percussão, prática percussiva, ensaios e cortejo final.

Djalma Corrêa é natural de Ouro Preto e teve sua formação marcada pelos Seminários Livres de Música da UFBA, onde estudou, entre os últimos anos da década de cinqüenta e os primeiros da década de sessenta, com os professores Koellreutter, Smetak, Assuar, etc.. Ao longo de sua trajetória como percussionista, compositor e pesquisador, participou de vários festivais internacionais de música, escreveu trilhas sonoras para cinema e teatro, gravou com grandes nomes da MPB. Destaca-se sua participação: no Montreux Jazz Festival (Suíça); Festival Rock in Rio (Brasil); Free Jazz Festival (Brasil); no filme A última tentação de Cristo, de Martin Scorsese e em gravações marcantes no cenário da Música Popular Brasileira, como os LPs: Os Doces Bárbaros, de 1976, (Gilberto Gil, Caetano Veloso, Gal Costa e Maria Bethânia); Qualquer Coisa (Caetano Veloso), Quarteto Negro (Paulo Moura, Zezé Mota e Jorge Degas); Gil e Jorge (Gilberto Gil e Jorge Ben), Gilberto Gil ao Vivo em Montreux, Almanaque (Chico Buarque de Holanda), Caras e Bocas (Gal Costa), Mel (Maria Bethânia), entre vários outros. Já no que se refere à pedagogia da percussão trabalhou com enfoque didático em oficinas e master classes no Brasil e no exterior, reunindo em acervo particular expressiva documentação da cultura brasileira e de outros países. Pesquisador da cultura negra, Djalma participou da idealização e da fundação do Núcleo Brasileiro de Percussão, sendo eleito seu diretor geral em Dezembro de 2003.

Vagas: 110 (90 moradores de Ouro Preto e Mariana e 20 de público em geral)
Realização: 9 a 13 de julho – Módulo I – das 17 às 21h (para multiplicadores convidados)
16 a 28 de julho – Módulo II – das 17 às 21h (20 vagas – público em geral + 90 vagas – moradores de Ouro Preto e Mariana)
29 de julho – Cortejo
Carga horária: módulo I – 20 horas;
módulo II – 40 horas
Público-alvo: percussionistas, ritmistas e interessados em geral
Material do aluno: instrumentos de percussão e objetos sonoros variados; caderno e lápis para anotação

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